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O Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu ao Banco BPI um financiamento total de 350 milhões de EUR, sob a forma de um empréstimo de 300 milhões de EUR para financiar investimentos realizados sobretudo por pequenas e médias empresas e de um empréstimo adicional de 50 milhões de EUR destinado ao financiamento de investimentos empresariais na área da eficiência energética em Portugal.

Román Escolano, Vice-Presidente do BEI, e Fernando Ulrich, Presidente do Banco BPI, assinaram hoje, em Lisboa, a primeira tranche de 300 milhões de EUR de um empréstimo do BEI, no montante total de 400 milhões de EUR, que irá disponibilizar financiamento a taxas de juro vantajosas e com prazos alargados para PME (empresas com menos de 250 trabalhadores) e mid-caps (empresas com menos de 3000 trabalhadores) portuguesas, com vista à promoção do crescimento económico e da criação de emprego em Portugal. Cerca de 30 % do empréstimo total poderão ser usados para financiar pequenos projetos realizados por entidades do setor público, nomeadamente autarquias e empresas locais de todo o país.

Trata-se de quinta operação do BEI realizada com o Banco BPI ao abrigo do mesmo quadro de apoio às pequenas e médias empresas portuguesas que visa promover o crescimento sustentável. A mais recente operação foi um empréstimo de 300 milhões de EUR assinado em 2014 que promoveu mais de 1 300 projetos em diferentes setores da indústria e dos serviços.                

Além disso, o BEI assinou hoje com o Banco BPI um empréstimo de 50 milhões de EUR ao abrigo do novo Instrumento de Financiamento Privado para a Eficiência Energética (PF4EE), uma iniciativa conjunta do BEI e da Comissão Europeia. Este apoio financeiro do BEI visa promover o desenvolvimento da eficiência energética e os pequenos investimentos em energias renováveis realizados, principalmente, pelo setor empresarial em Portugal.

O instrumento PF4EE combina três elementos. O primeiro é um empréstimo do BEI para melhorar as condições de financiamento dos investimentos em eficiência energética financiados por bancos locais. O segundo componente garante uma proteção parcial do risco dos empréstimos dos bancos parceiros. O terceiro elemento irá reforçar a capacidade de financiamento dedicada aos investimentos em eficiência energética, através da partilha de conhecimentos técnicos e financeiros obtidos em programas semelhantes realizados noutras partes da UE.

Este último financiamento do BEI com partilha de riscos com a Comissão Europeia facilitará a realização de medidas, como o melhoramento de coberturas, paredes, janelas e equipamentos energéticos em edifícios, a modernização de sistemas de iluminação e a instalação de tecnologias que permitirão a utilização de energia limpa na produção industrial para autoconsumo. Por conseguinte, este empréstimo de 50 milhões de EUR concedido pelo BEI ao BPI contribuirá para reduzir as emissões de CO2 e para aumentar a eficiência energética. Os projetos elegíveis para financiamento localizam-se em Portugal.

Na cerimónia de assinatura, Román Escolano, Vice-Presidente do BEI, afirmou que «o financiamento das pequenas e médias e empresas e os investimentos em eficiência energética constituem duas prioridades importantes do BEI em Portugal. Estes dois empréstimos hoje assinados em Lisboa com o BPI irão providenciar financiamento do BEI em condições vantajosas para apoiar um dos pilares fundamentais da criação de emprego no país: as PME e mid-caps portuguesas de um amplo conjunto de setores produtivos, promovendo simultaneamente a utilização de energias limpas».

Fernando Ulrich, Presidente do Banco BPI, declarou que «esta quinta operação de empréstimo às PME e mid-caps é o 30.º contrato assinado com o BEI, numa parceria de longa data e de grande sucesso iniciada em 1983 com o BPI, cujas operações totalizam até à data quase 2 500 milhões de EUR. Este empréstimo vem confirmar a prioridade máxima que o BPI continua a atribuir às PME e mid-caps na sua política de financiamento a partir de 2017. No que se refere ao PF4EE, o BPI congratula-se por ter sido, uma vez mais, selecionado pelo BEI – na sequência de um concurso público lançado pelo BEI em 2015 – como primeiro intermediário do BEI e da CE em Portugal para a utilização de um novo instrumento de financiamento destinado a apoiar projetos de pequena e média dimensão exclusivamente na área da eficiência energética»

Miguel Arias Cañete, Comissário Europeu para a Ação Climática e Energia, comentou a assinatura deste empréstimo com as seguintes palavras: «A energia mais barata é aquela que não se consome. Com uma maior poupança energética, as empresas e os empreendedores dispõem de mais recursos para a criação de novos postos de trabalho e crescimento. Estes 50 milhões de EUR ajudarão as PME em Portugal a poupar dinheiro e a reduzir as suas emissões de carbono».