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    O BEI publicou as conclusões da edição do Inquérito do BEI sobre o Clima respeitante à América Latina e às Caraíbas. A sondagem, realizada em maio de 2023, recolheu respostas de mais de 10 500 participantes de 13 países da região (América Latina, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Salvador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai). O inquérito visa compreender a perceção das pessoas sobre as alterações climáticas, o impacto que estas têm na população e a sua expectativa quanto à resposta dos governos a esta situação.

    Principais conclusões

    • 91 % dos inquiridos consideram que as alterações climáticas têm impacto na sua vida quotidiana.
    • 88 % são favoráveis a medidas governamentais mais rigorosas que obriguem as pessoas a adotar um comportamento respeitador do clima.
    • 70 % afirmam que as alterações climáticas estão a afetar os seus rendimentos ou meios de subsistência.
    • 54 % dos inquiridos acreditam que poderão ter de se mudar para outra região ou outro país devido às alterações climáticas.
    • 80 % consideram que se deveriam privilegiar os investimentos em fontes de energia renováveis.

    Os resultados do Inquérito do BEI sobre o Clima revelam que as alterações climáticas e a degradação ambiental são agora consideradas um dos principais desafios nos países da América Latina e das Caraíbas inquiridos, a par da violência e da criminalidade, da pobreza e da desigualdade, do desemprego e dos desequilíbrios sociais. Apenas na Argentina, no Chile e no Paraguai não figuram entre os cinco temas que suscitam maior preocupação.

    De um modo geral, a região apresenta uma percentagem relativamente baixa de negacionistas das alterações climáticas, com uma média de 5 % por país. No entanto, os níveis variam, registando a Argentina a percentagem mais elevada com 9 %, ao passo, que, na Costa Rica, esta percentagem é inferior a 2 %. Mais de três quartos (76 %) dos inquiridos da região reconhecem que atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis são os fatores que mais contribuem para as alterações climáticas. Esta sensibilização é crucial para mobilizar o apoio do público a políticas destinadas a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

    O impacto na vida quotidiana e as repercussões económicas

    Entre os inquiridos, 91 % afirmam sentir os efeitos das alterações climáticas na sua vida quotidiana. Esta percentagem é particularmente elevada em todos os países inquiridos, variando entre 84 % no Uruguai e uns esmagadores 96 % em Salvador. Da totalidade dos inquiridos, 57 % consideram mesmo que as alterações climáticas os afetam «muito», o que reflete as consequências tangíveis dos fenómenos meteorológicos extremos e da degradação ambiental. Além disso, 70 % dos inquiridos afirmam que as alterações climáticas estão a afetar negativamente os seus rendimentos ou as suas fontes de subsistência. Este sentimento é partilhado pela maioria dos inquiridos em cada país, variando os valores entre 58 % no Uruguai e mais de três quartos (77 %) no Peru.

    Preocupação com a migração relacionada com o clima

    De acordo com uma das conclusões mais surpreendentes do inquérito, 54 % dos inquiridos pensam que poderão ter de se mudar para outra região ou outro país devido às alterações climáticas. Em 9 dos 13 países inquiridos, mais de metade da população acredita nesta possibilidade (de cerca de 50 % na Argentina a 61 % no Equador). Este sentimento é ainda mais forte entre os inquiridos mais jovens, sendo esta convicção partilhada por 59 % dos inquiridos com menos de 30 anos.

    Apoio do público à atuação governamental

    Entre os inquiridos, 88 % são favoráveis à aplicação pelos governos de medidas mais rigorosas de combate às alterações climáticas. Este sentimento é claramente predominante em toda a região, variando as percentagens entre 83 % na Argentina e no Brasil e uns impressionantes 95 % no Peru, e demonstra disposição para aceitar alterações nas políticas e no estilo de vida em prol da sustentabilidade ambiental a longo prazo.

    Quando questionados sobre qual deveria ser o objetivo principal dos governos, 80 % dos inquiridos afirmaram que deveria ser a proteção do ambiente e o crescimento sustentável e não o crescimento económico a qualquer custo. Este resultado demonstra que o público está ciente da ligação entre a saúde ambiental e a prosperidade económica e que não está apenas preocupado em obter vantagens económicas imediatas.

    Os inquiridos na região têm uma opinião positiva sobre as políticas destinadas a combater as alterações climáticas e as suas repercussões e a proteger o ambiente, sendo que 76 % consideram que estas políticas melhorarão a sua vida quotidiana, por exemplo facilitando a compra de alimentos ou o acesso a cuidados de saúde.

    Quase três quartos (72 %) acreditam que as referidas políticas constituirão uma fonte de crescimento económico e de prosperidade para o seu país, e mais de dois terços (68 %) estão confiantes de que os novos postos de trabalho criados por aquelas políticas superarão os postos de trabalho que as mesmas irão eliminar.

    Opções energéticas orientadas para o futuro

    80 % dos inquiridos afirmam que os governos deveriam dar prioridade aos investimentos em energias renováveis em detrimento dos combustíveis fósseis ou de outras fontes de energia não renováveis. 51 % prefeririam fontes renováveis de grande escala, tais como as centrais hidroelétricas, eólicas, fotovoltaicas ou geotérmicas, ao passo que 29 % favorecem as fontes renováveis de menor dimensão, nomeadamente os painéis solares de telhado ou as centrais mini-hídricas.

    Esta preferência esmagadora pelo investimento em energias renováveis reflete uma sensibilização crescente dos cidadãos da América Latina e das Caraíbas para a importância da sustentabilidade e o papel das energias limpas no combate às alterações climáticas.

    «O Inquérito do BEI sobre o Clima reflete a crescente consciência e preocupação da população da América Latina e das Caraíbas relativamente aos perigos das alterações climáticas. Através da EIB Global, pretendemos estabelecer parcerias com governos, cidades e empresas na região, a fim de apoiar a ação climática no terreno através de investimentos ecológicos e resilientes. Incentivamos potenciais clientes a contactar o nosso gabinete de Bogotá.»
    Ricardo Mourinho Félix

    Vice-presidente do BEI

    «Os resultados do Inquérito do BEI sobre o Clima na América Latina e nas Caraíbas evidenciam uma forte consciência do público de que a transição ecológica pode ser uma força motriz do crescimento económico. No BEI, estamos firmes no nosso compromisso de ajudar a região a acelerar a transição ecológica e a reforçar a resiliência aos impactos das alterações climáticas.»
    Ambroise Fayolle

    Vice-presidente do BEI

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    Contato

    Thomas Froimovici

     European Investment Bank
    98-100, boulevard Konrad Adenauer
    L-2950 Luxembourg
    Luxembourg

     

    t.froimovici@eib.org
    +352 4379 - 83249
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