Inquérito do BEI sobre o Investimento revela que as empresas portuguesas continuam a mostrar fortes intenções de investimento e mantêm-se mais otimistas quanto às perspetivas de negócio do seu setor do que a média da UE

• A percentagem de empresas portuguesas que preveem um aumento, ao invés de uma diminuição, do investimento em 2025 é uma das mais elevadas da UE..
• As empresas estão a fazer mais investimentos relacionados com as alterações climáticas do que nos anos anteriores e mais em inovação do que a média da UE.
• Mantêm-se mais otimistas quanto às perspetivas de negócio do seu setor do que a média da UE e estão a diversificar as suas importações para fazer face a perturbações nas cadeias de valor.
• Consideram que a disponibilidade de pessoal qualificado e a incerteza quanto ao futuro são os principais obstáculos ao investimento.
• As empresas portuguesas têm uma das maiores percentagens da UE em termos de representação feminina em cargos de liderança: em 41 % das empresas, pelo menos 40 % dos cargos de direção superior são ocupados por mulheres, uma percentagem superior à média de 25 % da UE.

O mais recente Inquérito do Grupo Banco Europeu de Investimento (Grupo BEI) sobre o Investimento (EIBIS) revela que as empresas portuguesas continuam a mostrar fortes intenções de investimento e mantêm-se mais otimistas quanto às perspetivas de negócio do seu setor do que a média da UE. A percentagem de empresas portuguesas que preveem um aumento, ao invés de uma diminuição, do investimento em 2025 é uma das mais elevadas da UE e situa-se em 16 %, significativamente acima da média de 4 % da UE.

«O Inquérito do Grupo BEI sobre o Investimento revela que as empresas portuguesas têm fortes intenções de investimento e uma perspetiva positiva sobre o setor. Estão a intensificar o investimento na ação climática e a investir mais do que a média da UE na inovação, o que demonstra claramente o seu compromisso com a competitividade e a transição ecológica», afirmou Debora Revoltella, economista-chefe do BEI.

Principais conclusões do inquérito relativamente às empresas portuguesas

• As empresas portuguesas continuam a mostrar fortes intenções de investimento, apesar das preocupações com o clima económico, e estão mais otimistas quanto às perspetivas de negócio do seu setor do que a média da UE.
• A percentagem de empresas portuguesas que preveem um aumento, ao invés de uma diminuição, do investimento em 2025 é uma das mais elevadas da UE e situa-se em 16 %, muito acima da média de 4 % da UE.
• Em Portugal, a percentagem de empresas portuguesas que preveem uma melhoria das perspetivas de negócio do seu setor é 14 pontos percentuais superior à percentagem das que preveem uma deterioração das mesmas. Este valor é significativamente superior à média da UE, onde os números são praticamente idênticos.
• As empresas em Portugal estão mais otimistas do que a média da UE no que respeita ao acesso ao financiamento externo (11 % face a 1 %) e ao financiamento interno (16 % face a 9 %).
• A percentagem de empresas portuguesas que investiram no último exercício financeiro e receberam apoio político é superior à média da UE (20 % face a 16 %).
• As empresas portuguesas estão a concentrar os seus investimentos futuros na renovação de equipamentos e na expansão de capacidades, à semelhança das suas congéneres europeias.
• Consideram que a disponibilidade de pessoal qualificado e a incerteza quanto ao futuro são os principais obstáculos ao investimento.
• Oito em cada dez empresas portuguesas afirmam estar expostas a riscos físicos decorrentes das alterações climáticas e 64 % já investiram em medidas para fazer face às alterações climáticas. As grandes empresas e as empresas da indústria transformadora apresentam maior probabilidade de terem já investido em medidas para atenuar o impacto das alterações climáticas.
• A grande maioria (96 %) tomou medidas práticas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, com ênfase na minimização e reciclagem de resíduos, em opções de transporte sustentáveis e em investimentos em eficiência energética.
• As empresas portuguesas têm uma das maiores percentagens da UE em termos de representação feminina em cargos de liderança: em 41 % das empresas, pelo menos 40 % dos cargos de direção superior são ocupados por mulheres, uma percentagem superior à média de 25 % da UE.

Participaram no inquérito mais de 12 000 empresas de todos os Estados-Membros da UE, além de uma amostra oriunda dos Estados Unidos. Os principais resultados a nível da UE, publicados em outubro, revelam que as empresas europeias estão no bom caminho. Estão a investir na transição ecológica e digital e a demonstrar resiliência face à evolução do panorama mundial. Os relatórios relativos a cada Estado-Membro da UE, incluindo Portugal, foram publicados hoje.

Aqui, estão disponíveis mais informações sobre o Inquérito do BEI sobre o Investimento de 2025 realizado em Portugal.

Informações gerais

O Banco Europeu de Investimento é a instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia cujo capital é detido pelos Estados-Membros. Tendo por base oito prioridades fundamentais, o BEI financia investimentos que contribuem para os objetivos políticos da UE, apoiando a ação climática e a sustentabilidade ambiental, a digitalização e a inovação tecnológica, a segurança e a defesa, a coesão, a agricultura e a bioeconomia, as infraestruturas sociais, a União dos Mercados de Capitais e uma Europa mais forte num mundo mais pacífico e mais próspero.

O Grupo BEI, do qual também faz parte o Fundo Europeu de Investimento (FEI), contratualizou quase 89 mil milhões de EUR em novos financiamentos destinados a mais de 900 projetos de elevado impacto em 2024, reforçando a competitividade e a segurança da Europa.

Cerca de metade do financiamento do BEI na União Europeia destina-se às regiões da coesão, que apresentam um rendimento per capita inferior à média da UE, enquanto cerca de 60 % dos investimentos anuais do Grupo BEI apoiam a ação climática e a sustentabilidade ambiental. 

Aqui, estão disponíveis fotografias atuais de elevada qualidade da sede do BEI para utilização pelos meios de comunicação social.

Inquérito do Grupo BEI sobre o Investimento

Realizado desde 2016, o Inquérito do Grupo BEI sobre o Investimento é um estudo anual, único no seu género, que abrange cerca de 12 000 empresas. Os dados utilizados para a última edição foram recolhidos em meados de 2025 junto de empresas de todos os Estados-Membros da UE e o inquérito inclui também uma amostra de empresas dos Estados Unidos. O inquérito recolhe dados sobre as características e o desempenho das empresas, as atividades de investimento realizadas no passado e os planos para o futuro, as fontes e os obstáculos ao financiamento e outros desafios que se colocam às empresas, tais como as alterações climáticas, a transformação digital e o comércio internacional.